domingo, 19 de janeiro de 2014

MOSAICO DE NOTÍCIAS

Caro Leitor:
A liberdade na Ucrânia, a cada dia que passa, fica mais ameaçada. Leia neste mosaico as notícias coletadas e traduzidas do jornal "Verdade Ucraniana". A situação se agrava e a Ucrânia está sob ameaça de uma guerra civil ou de um terrível regime de opressão imposto por um governante eleito pelo povo, mas que se coloca sob a botas do comunismo russo de Vladimir Putin.
O Cossaco.

Notícias da Ukraina
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) 17 e 18.01.2014

Anatoli Hrytsenko, deputado do Partido Pátria (oposição) renunciou ao mandato. Ele espera que seus eleitores compreendam sua decisão. "Eu fui eleito para o Parlamento da Ukraina, não para Coreia do Norte", - disse ele.
 
O Conselho não vai caçar as leis aprovadas em 16 de janeiro, disse o presidente do Parlamento Volodymyr Rebak.
 
A oposição convoca para uma nova Assembléia Popular na Praça da Independência em Kyiv, e prepara-se para greve, "para que o governo veja que ninguém o teme".
Klychko: "... as pessoas na Ukraina foram privadas de direitos e liberdades civis e, realmente, colocadas fora da lei".
Tiahnebok: "... os acontecimentos no Parlamento é cenário típico de Kremlin, ditado a Yanukovych por seu colega russo Vladimir Putin".
Yatseniuk: V. Yanukovych "vendeu a Putin nossa liberdade" por 15 bilhões de dólares. "Eles aprovaram uma lei que não permite pensar, falar e fazer o que cada ukrainiano gosta".
 
No Parlamento, a reunião para votação do orçamento e das leis ditatoriais enviadas pelo presidente Yanukovych foi aberta pelo vice´presidente Ihor Kalyetnek. No início , a votação realizava-se no modo eletrônico mas, devido os deputados do Partido das Regiões votarem pelos colegas ausentes, os deputados da oposição conseguiram apoderar-se de vários cartões. Quando votaram a favor da alteração do Código Penal sobre a possibilidade de processo penal à revelia, não houve votos suficientes para aprovação. Então, o vice-presidente Kalyetnik declarou que devido ao bloqueio da tribuna, etc., o orçamento seria votado sem discussões, através do sistema manual. No vídeo podemos ver que não houve contagem de votos, o número de votantes era fornecido de acordo com o número de associados dos Partidos das Regiões (203) e Comunista (32). 
Apenas o representante dos deputados sem-partido recusou-se do fornecimento de dados declarando que não havia possibilidade de fazer a contagem. As leis foram aprovadas sem discussão, com 235 votos dos regionais e comunistas (São necessários 50%, isto é 225 votos).
 
Durante a peregrinação do Automaidan (Automaidan é quando a oposição usa veículos, no caso a distância de Kyiv é de 25 km) à localidade "Dzinkova Krynytsia", na aldeia "Novi Petrivtsi" , Berkut espancou brutalmente o morador  e pensionista local Petró Katsymon apenas porque ele queria passar pela rua que vai até sua residência. Ele foi considerado culpado pela agressão verbal aos "aplicadores da lei", e multado em 136 UAH.

No dia 22 de janeiro, Dia da Unificação da Ukraina, os ukrainianos de todo o país estão sendo convidados para executar um panelaço, em protesto contra mentiras, corrupção e violações de direitos humanos.
 
A primeira ação do Automaidan de Donetsk será no dia 19 de janeiro. Os manifestantes visitarão a propriedade da Família Yanukovych na aldeia Kalinkino.
De acordo com as palavras do presidente do Partido UDAR, de Donetsk, Yegor Firsov a ação já foi registrada nos órgãos estatais locais.
Todos os habitantes de Donetsk, não indiferentes à situação atual da Ukraina são convidados.
 
Zakharchenko, o odioso Ministro do Interior promete reação dura a todo aquele que não quer "paz e tranquilidade". (Paz e tranquilidade significa submissão. O C.)
 
Em Lutsk, Volyn, Automaidan "visitou" as residências do governador, do presidente do Conselho e do promotor chefe do Departamento Regional do Ministério do Interior. Eram mais de 50 automóveis e cerca de 150 pessoas. Primeiramente eles cantaram uma canção natalina (No Natal é tradição ukrainiana, grupos de pessoas visitam as pessoas da comunidade, cantam canções natalinas e desejam coisas boas na vida. Os visitantes-cantores geralmente são convidados para lanche e/ou recebem doações para Igreja). No final pediram a todos para desistir de seus cargos no governo, sair do Partido das Regiões e parar com a repressão política em Volyn. Foram recebidos pelo governador (o senhor de óculos no canto esquerdo)
 
Mobilização geral na Ukraina
Mais de uma centena de organizações da comunidade declararam plena mobilização na Praça da Independência em Kyiv.
O impulso para isso foi a situação no país e a decisão de leis antissociais de 16.01.2014.
"Somente uma enorme e imediata resistência da nação poderá deter os criminosos e proteger as pessoas de prisões em massa. Chegou o momento para cada um colocar-se na proteção de sua liberdade, sua família, seu país", diz o comunicado.
Os autores do comunicado apoiam a decisão da realização de uma reunião nacional domingo 19 de janeiro. "Desta reunião nós começaremos restaurar a ordem constitucional. Ditadura deverá terminar. Estes dias - serão decisivos", enfatizam os signatários.
"Aonde quer que você viva, venha a Kyiv. Chame seus vizinhos, colegas e família, e venham ao Maidan", escrevem os autores.
Aos moradores de Kyiv pedem pernoite e alimentação para os de fora. "E, onde quer que vocês trabalhem - não sigam instruções de poder ilegais, não reconheçam leis de Yanukovych e juntem-se à resistência da ditadura. 
Sob o comunicado já assinou um número significativo de organizações públicas e políticas.

Determinar um único líder de resistência à ditadura.
Aos líderes da oposição parlamentar, dos intelectuais e membros da iniciativa "Primeiro de Dezembro:
"O regime atual tomou o poder e bloqueou todos os caminhos legais e democráticos para decisão do conflito social e político.
Os planos dominantes na Ukraina e Kremlin são óbvios. Contrariando os cenários políticos e tecnológicos está a inspirada força do Maidan - muito organizada... mas vulnerável - porque não está encabeçada por uma única liderança.
Nestas circunstâncias, a continuação da campanha eleitoral não declarada, com um olho para 2.015 - é crime. O líder deve ser um. Não candidato a presidente, mas líder da resistência à ditadura. Agora é o momento da verdade - ou vocês conseguem escolher entre si um único líder, ou serão forçados a sair do palco", - enfatizam os autores da declaração.

Resumo e tradução: Oksana Kowaltschuk
 

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