segunda-feira, 26 de agosto de 2013

UMA BATALHA VENCIDA. COMO VENCER A GUERRA?

Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 22.09.2013
Zinovia Voronovych

Один бій виграли. Як виграти  війну?
O embargo na exportação forçará nossos fabricantes pensar sobre a qualidade de sua produção. Para que queiram comprá-la alhures, além da CEI - Comunidade dos Estados Independentes (Bielorrússia, Rússia, Azerbaijão, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão Moldova, Uzbequistão). Ukraina é um país fundador, mas ela não ratificou o estatuto fundador então formalmente ela é apenas observador da CEI. Pertenceram, mas já se desligaram Turcomenistão e Geórgia.

A alfândega russa levantou o bloqueio geral das exportações ukrainianas, que durou quase uma semana. No entanto deixou claro: esta "administração aduaneira reforçada" pode voltar, - se Ukraina assinar o Acordo de Associação com UE. A mídia russa declara, que esta guerra aduaneira terminou em derrota ao Kremlin: " A tentativa da Rússia de dissuadir Ukraina da assinatura do Acordo de livre comércio com UE é pouco provável que possa se chamar de sucesso. "Chocada" com as ações da Rússia, a UE pode suavizar as condições apresentadas a Ukraina para assinatura do Acordo", - segundo o jornal russo "Kommersant".

A União Européia, que preferiu não interferir no conflito entre Ukraina e Rússia, desta vez estava do nosso lado. A Comissão Européia chamou inaceitável qualquer ameaça econômica da Rússia contra Ukraina relacionada com a assinatura do Acordo de Associação entre Kyiv e Bruxelas, no mês de novembro. O representante da Comissão Européia John Clancy disse, que a assinatura do Acordo para livre comércio com um terceiro país não pode ser usada como justificativa para crueldade dos procedimentos aduaneiros. O conflito entre Ukraina e Rússia será examinado na reunião do Parlamento Europeu em 28 de agosto. Apoio a Ukraina expressaram EUA. Apenas o governo ukrainiano não arriscou a um pronunciamento de apoio às exportações ukrainianas. Os exportadores, principalmente aqueles, que exportam produtos perecíveis, contam prejuízos em milhões, - e, o primeiro ministro ainda declara, que não existe nenhuma guerra comercial! O presidente e o primeiro-ministro lembram a vítima de violência doméstica, que esconde os hematomas sob a maquiagem, mas, até o último, tenta convencer todos "como ele me ama".

O conflito comercial com a Rússia mais uma vez demonstrou o problema básico da economia ukrainiana: nós somos muito dependentes dos mercados da Rússia e da CEI, principalmente devido a baixa competitividade dos produtos. Portanto, precisa urgentemente procurar outros mercados, já que esta guerra comercial - não é primeira e não é última. É hora de fazer conclusões.

Problemas com exportações para Rússia continuarão até o final do ano. Avaliar as perdas  desse conflito é difícil porque nem toda exportação foi bloqueada. As cargas de parte das empresas passam, outras - não, - diz o especialista do Centro Internacional das perspectivas de investigação Oleksandr Zholud - mensalmente as empresas ukrainianas exportam para Rússia mercadorias para 1,5 bilhões de dólares. Se tem problemas cada quinta empresa, então até o final do ano perderemos 1,5 - 2  bilhões de dólares. Isto vai piorar a nossa balança  de pagamentos. Como cobrir este déficit? No primeiro semestre o déficit foi coberto com empréstimos nos mercados estrangeiros. Agora levantar fundos nos mercados estrangeiros será mais difícil. Quanto aos produtores ukrainianos, é claro, eles têm de procurar novos mercados. Enfim, eles já os procuraram anteriormente. A questão é, por que não encontraram? Qualquer produção que queiram exportar para UE deve corresponder às normas da UE e ter competitividade nos preços. Se tomarmos a produção de máquinas, ela é adequada apenas para exportação aos países da CEI. Mas precisa compreender, que Europa - é um mercado mais rico, e os fabricantes deveriam estar interessados no ajustamento da exportação para UE. Outra questão, que instantaneamente melhorar a qualidade e passar pelas devidas certificações é impossível.

No entanto, hoje a economia da Ukraina é muito menos dependente das exportações para CEI que dez anos atrás. Por exemplo, como relataram em "Zaporizhstal" (Interromperam completamente a exportação para Rússia devido a este conflito), para o mercado russo e demais países da CE, a empresa oferece apenas 15 - 17% de sua produção. 20 - 25% fornecem para Europa: Bulgária, Polônia e Romênia.

Na Associação dos Confeiteiros dizem que o principal é esperar a assinatura do Acordo sobre a zona de comércio livre com UE, então problemas com a venda de doces não vai haver. O mercado de doces com UE estimam em 40 bilhões de euros, enquanto o russo - apenas 3 - 4 bilhões.  "Hoje, o acesso ao mercado da UE é limitado devido a alto imposto de exportação. Depois da assinatura do Acordo nós vamos negociar para colocar uma boa parte de nossos produtos pela tarifa zero" - dizem na associação "Ykrkond-prom".

Entretanto, ir para o mercado europeu não poderão todos os fabricantes. Será mais difícil aos que hoje exportam legumes, carnes e produtos lácteos para CEI. O conflito comercial com a Rússia forçará os fabricantes pensar sobre a qualidade do que produzem, diz o dirigente da agência "PróAgro" M. Vernetskyi. Ele aconselha que, ao invés de contar as perdas, os produtores deveriam pensar porque são tão dependentes do mercado russo. "O paradoxo é que, embora Rússia tenha pretensões à qualidade das mercadorias ukrainianas, compra-as. Outros simplesmente não compram. Nós podemos produzir tanto quanto podemos exportar. Se a empresa está focada apenas na Rússia e durante anos não tentou harmonizar seus padrões com os europeus, então agora pode reinvindicar o quê? diz M. Vernetskyi. - A UE - um mercado onde podemos vender mais e por preços melhores, mas para isso é preciso melhorar a qualidade. O consumidor lá é mais exigente. Quanto tempo os produtores de frango tentaram o mercado europeu, mas conseguiram. Na Ukraina tem cinco empresas de criadores de aves, e elas decidiram entre si o que é melhor e trabalharam para isso. Outra questão é com a produção da horticultura, fruticultura e laticínios. São centenas de produtores que jamais conseguirão entender-se. 60% do nosso leite vem dos pequenos aldeões, quando na EU os pequenos produtores não podem entregar o leite para processamento. Nosso leite é de 2ª qualidade - igual a 3ª qualidade russa. Então, aqui o Estado deve mudar sua política, para que a nossa produção láctea seja competitiva.

Tradução: Oksana Kowaltschuk

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