segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

LUTSENKO E TYMOSHENKO

Ultimas notícias sobre Lutsenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 23.01.2013

Nos próximos dias o governo da Ukraina deverá pagar a Lutsenko a compensação do acórdão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, no valor de 15 mil euros. Já foram efetuadas as formalidades bancárias necessárias para realização do pagamento.
Bem que Lutsenko está precisando. Na data de 20.01.2013 ele foi trazido para Kyiv, para hospital "Oberih" (Clínica particular) onde foi submetido a uma cirurgia no dia 23.01.13, para remover pólipos no intestino.
A cirurgia transcorreu com êxito. Mas, além dos pólipos, Lutsenko adquiriu uma série de outras doenças: diabetes, varizes no esôfago, úlceras, hepatite.
"Por enquanto os médicos não fazem prognósticos para o período de reabilitação, já que tudo depende do restabelecimento do organismo, levando em conta outras doenças graves", - informou a secretária de imprensa do partido político de Lutsenko.


Querem prisão perpétua para Yulia Tymoshenko

Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 18.01.2013

O Procurador Geral Pshonka instaurou um processo criminal contra Pavlo Lazarenko (o mesmo que cumpriu detenção nos EUA, e ainda encontra-se preso por questõs de imigração - OK) quanto a sua participação no assassinato de Yevhen Shcherban. E apresentou a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko a "notificação sobre suspeita" no assassinato do deputado Yevhen Shcherban (Lembramos: Yevhen Shcherban, empresário, político, deputado, foi assassinado em 03.11.1996 no aeroporto da cidade de Donetsk. O assassinato foi realizado por criminosos do bando de Vadym Bolotskykh e Hennadi Zanhelidi. Morreu o empresário, sua esposa, mecânico de bordo, técnico de avião e inspetor alfandegário do aeródromo - OK).

Segundo o Procurador, o envolvimento da Tymoshenko no assassinato foi anunciado ainda em 2001 pelo conselheiro de Lazarenko. "Esta informação não é nova, mas Tymoshenko, por todos os caminhos possíveis e impossíveis evitava a responsabilidade. Escondia-se atrás de cargos, mandato de deputado, etc.", - disse Pshonka. "A investigação acredita que Tymoshenko e Lazarenko, no início de 1996 concordaram em eliminar fisicamente Shcherban. Lazarenko devia, por meio de seu conselheiro encontrar os executores do crime, e Tymoshenko realizar o pagamento, com fundos recebidos de empresas controladas" - explicou Pshonka.

Declaração do advogado do matador de Shcherban Vadym Bolotskikh, Dmytró Poizd, no canal TVI: "É necessário interrogar Rinat Akhmetov! Eu, estando na Procuradoria Geral, vi como os procuradores temiam Rinat Akhmetov. Ele conhecia todas estas pessoas e era o tesoureiro do grupo. E, como ele subiu tanto? De onde ele tirou o capital inicial?" Acrescentou o advogado. (Rinat, filho de um simples mineiro, é atualmente empresário riquíssimo - OK). Além disso Poizd disse que Bolotskikh não colaborou com Tymoshenko, nem com Pavlo Lazarenko. Com eles não tinha nenhuma negociação sobre obtenção de armas ou dinheiro. Dinheiro Bolotskikh recebeu do grupo de Kushnir.
O Tribunhal de Recurso de Luhansk condenou o cidadão russo Vadym Bolotskish à prisão perpétua pelo assassinato de Shcherban.

Segundo o relato da oposição ukrainiana ao secretário-geral do Conselho europeu, após a morte de Y. Shcherban em 1996, houve uma transferência maciça de sua propriedade para o círculo do atual presidente Viktor Yanukovych. Também relataram que os assassinos de Shcherban, todos foram mortos na prisão em Donetsk onde, na época, o promotor era o atual Procurador Geral Pshonka, e o governador era o atual presidente Yanukovych.

A oposição também comunicou sobre a tentativa de privar da imunidade parlamentar os deputados da oposição Vlasenko, Nemeria, Holovko, Dubnevech, fatos de perseguição criminal de parlamentares e uso de força física bruta contra deputadas mulheres (Aconteceu quando três deputadas foram visitar Tymoshenko no hospital e resolveram dormir com ela no chão do corredor, em solidariedade. Tymoshenko dormiu várias noites no chão do corredor, em protesto pelas câmaras, uma delas no banheiro, outra no chuveiro, e que seriam monitoradas por funcionários homens - OK).

A oposição, ainda se queixou que o presidente do Conselho Supremo impediu aos oposicionistas S. Vlasenko e O. Kondratiuk participar da sessão da PACE, retardando o despacho sobre a composição da delegação. Situação que culminou com a retenção de Vlasenko no aeroporto de Kyiv, não permitindo sua saída da Ukraina para participar da sessão da PACE em Estrasburgo. O funcionário do Serviço de Fronteiras do Estado não tomou esta iniciativa, portanto não pôde explicar o motivo. Ele se comunicou várias vezes com seus superiores que deram esta ordem. No documento que negou a saída também não houve explicação do motivo. "Isso é violação dos direitos fundamentais de um deputado", - disse Vlasenko.

(Lembramos: Vlasenko é advogado da Yulia Tymoshenko. Ele também está sendo processado pela ex-esposa, por exigências que, segundo ele, já foram cumpridas - OK).


Segundo Valyntyna Telychenko, famosa advogada e defensora dos direitos dos cidadãos, e que representou os interesses de Yulia Tymoshenko no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, não há nenhuma prova de envolvimento da Tymoshenko no assassinato de Shcherban. "As evidências que ligassem Tymoshenko ao assassinato de Shcherban não podem ser encontradas hoje, e não puderam ser encontradas em 2001, porque não existem. E, exatamente por isso ela não foi levada à justiça. Eu estou convencida que Tymoshenko não encomendou este assassinato. Os argumentos sobre conflito de interesses entre Shcherban versus Tymoshenko e Lazarenko só fazem sentido para aqueles que sabem sobre Shcherban exclusivamente sobre o apresentado pela Procuradoria Geral. É perseguição política encomendada, provavelmente por Bankova (sede do governo) e agora realiza-se pela Procuradoria Geral.

Tradução: Oksana Kowaltschuk        

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