sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

NOVO PARLAMENTO NA UCRÂNIA

Notícias dos primeiros dias no Parlamento ukrainiano
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) 13 e 14.12.2012

A sessão teve um início calmo. O novo Parlamento aprovou a indicação do presidente para primeiro-ministro, Mykola Azarov, reconduzido pelo presidente. Votaram a favor 252 deputados, contra 129 e 20 se abstiveram. O apoio veio dos "regionais" e comunistas.

O presidente não compareceu, pela primeira vez na recente história da Ukraina. Sua mensagem foi através da televisão. A oposição saiu da sala. Petró Poroshenko criticou Azarov por mais de cinco minutos, mas apoiou-o para que executasse o que deixou de executar. Yatseniuk, um dos lideres da oposição criticou Azarov da tribuna.

Os jornalistas esforçavam-se para adivinhar o que fazia o vice-"speaker" Kalietnik, que atenciosamente olhava para o monitor e movimentava o "rato".

O movimento "Honestamente" fotografou 5 deputados que também votaram pelos colegas ausentes: Dmytruk, Honcharov, Horokhov, Malyshev, Melnyk. Prática usual contra a qual lutam os oposicionistas.

Enquanto Azarov falava sobre as providências contra corrupção (será que ele falava da Ukraina? - OK), crescimento e produção. Quase todos os deputados da oposição sairam da sala, enquanto os regionais, em grupos, ocupavam-se com conversas paralelas.

Enquanto isso, o Parlamento europeu aprovou a resolução sobre Ukraina onde afirma-se que as eleições parlamentares foram um passo para trás em comparação com as anteriores.

O Parlamento europeu conclamou o país para aperfeiçoar a lei eleitoral, acabar com a justiça seletiva e liberar Tymoshenko e Lutsenko.

Também solicitou à Ukraina realizar as reformas necessárias para rápida assinatura sobre associação com UE.

Os desentendimentos começaram porque Kolesnichenko (um dos autores do projeto de lei sobre idiomas, inclui o idioma russo como segundo idioma oficial)) ao usar a palavra o fez no idioma russo. A oposição, especialmente o partido "Svoboda" (Liberdade) não aceita.

Mykola Azarov, primeiro-ministro foi cercado por 5 deputdos e conduzido para fora da sala.

Outro motivo da briga foi a presença na sala de dois vira-casaca, pai e filho, os Tabalov que, eleitos pela oposição, se passaram para situação.

A oposição não aceita a presença dos vira-casaca, não admite que votem. (Todos os candidatos pelo Partido "Pátria" prestaram juramento de que não mudariam de partido caso eleitos).

Ao deputado do Partido "Golpe", Serhii Kaplin ofereceram 5 (cinco) milhões de USD caso ele passasse para o Partido das Regiões. Não aceitou. Segundo ele a vários outros tentaram convencer.

Mais um estopim de desentendimento. A deputada oposicionista Oleksandra Kuzhel viu, e esforçou-se para tirar, das mãos de um "regional", um segundo cartão, com o qual ele votava pelo colega ausente, prática usual. A briga foi cruel. Quandoo deputado Oleh Medunetsia caiu próximo da tribuna, os "regionalistas", o chutavam e não deixavam levantar. As câmeras fixavam tudo. Os principais agressores foram: Kolesnichenko, Berziokin, Onishchenko que, após a agressão sairam rindo de satisfação.

Outros apertavam tanto o pescoço dos colegas que estes ficavam com o rosto vermelho.

Os líderes oposicionistas Oleh Tiahnebok e Arsenii Yatseniuk participaram do conflito. Vitalii Klychko se absteve. Disse que não vai lutar porque isto é perigoso Ele é lutador profissional famoso, porém já aposentado.

A oposição exige votação individual e uso do idioma oficial ukrainiano. Caso contrário o Parlamento será bloqueado.

A grade, cerrada pelos oposicionistas do Partido "Svoboda" não foi refeita. Os milicianoos estavam de guarda. Na neve.

Irena Lutsenko, esposa de Yurii Lutsenko que está preso, agora é deputada. Ela recebeu, pelo marido que faz aniversário no dia 14, um buquê de rosas vermelhas. Lutsenko apresenta graves problemas de saúde. Foi lhe indicada uma cirurgia. A esposa, em reunião com médicos de confiança, resolveu aguardar um pouco porque o hospital que serve a colônia penal não seria adequado.

No dia 14 a oposição exigiu da Procuradoria Geral a apuração dos fatos e se disse desapontada por não ter havido, ainda, nenhuma reação da mesma. (Se o espancado fosse governista a reação seria instantânea - OK).

Tradução: Oksana Kowaltschuk

 



NÃO HÁ NADA QUE NÃO POSSA SER RESOLVIDO COM CARINHO ...




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