quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CASO YULIA

Testemunhas não dizem o que os promotores gostariam de ouvir.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 29.07.2011
Ivan Farion

Tymoshenko leva vantagem no tribunal

Desenvolvimento indesejável para Procuradoria recebe a questão criminal sobre o "gás", contra a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, que é acusada de abuso de autoridade, o que causou enormes prejuízos para os interesses do Estado. No tribunal começam "chover" argumentos da Procuradoria Geral...

A acusação propôs ouvir algumas dezenas de testemunhas que, de acordo com o pensamento da Procuradoria Geral da Ukraina deveriam confirmar violações por parte de Tymoshenko. No entanto, as declarações dessas testemunhas, ao contrário, justificam a acusada. Assim o ex-presidente de Combustíveis e Energia Yurii Prodan declarou que o preço do gás para Ukraina em 2009, não era de 450 dólares como afirmado na acusação, mas 20% mais baixo. Como resultado, neste ano, Ukraina pagou 232 dólares, enquanto na Polônia e na Moldávia, no primeiro trimestre de 2009 o gás custava 510 dólares.

A Procuradoria Geral também não ficou satisfeita com o testemunho do ex-ministro da política industrial Volodymyr Novytskyi. Os procuradores, dele esperavam ouvir que Tymoshenko não tinha o direito de assinar diretivas sobre contratos de gás sem a permissão do Conselho de Ministros. Novytskyi disse que a reunião do Conselho foi discutida em Moscou.

A ex-substituta do procurador geral Tetiana Korniakova, referindo-se às conclusões da perícia científica e legal, disse que as diretivas pessoais, aprovadas por Tymoshenko para a delegação às negociações com a "Gasprom"(Companhia de gás russa), não podem ser qualificadas como diretrizes do governo, ratificação das quais é regida pelas leis da Ukraina. Tais declarações nocautearam mais um trunfo da acusação.

Anteriormente um dos peritos do NAC "Naftogaz" (Companhia Acionária Nacional Naftogaz) declarou em juízo que a Companhia não sofreu perdas devido aos acordos entre Tymoshenko e Putin. Como é do conhecimento, os procuradores afirmavam o contrário.

Na quinta-feira Tymoshenko pediu ao juiz Kireyev intimar outras testemunhas, mais de dez. O juiz não considerou a petição.

Foto: Juiz Kireyev exige silêncio durante o processo judicial. Então, os deputados do "B'iut - Batkivchena" expressam sua atitude para com o processo em silêncio...

Tradução: Oksana Kowaltschuk


Foto formatação: AOliynik

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